Oeste busca soluções contra o descaminho
quarta, 10 de março de 2010
Oeste busca soluções contra o descaminho
Representantes da Acime estiveram em Cascavel para participar da Reunião juntamente com a Caciopar e demais Associações da Região Oeste
Encontrar meios eficientes que possam inibir a prática do descaminho foi o centro de uma reunião, na noite de ontem, no Espaço Empresarial Geny Lago, entre empresários de cidades da região Oeste e o delegado da Receita Federal de Cascavel, Edair Ribeiro da Silva. O presidente da Acime, Celson Adão Dewes, juntamente com o vice-presidente, André Neunfeldt Matté e a diretora de assuntos comunitários Luci Regina Andreolla, estiveram representando a Acime. O consenso é de que essa prática reduz a competitividade das empresas brasileiras formais e gera prejuízos, como desemprego, desaquecimento econômico e a diminuição da circulação de recursos.
O presidente da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), Guido Bresolin Júnior, informa que, além de reivindicar medidas ainda mais rigorosas por parte das autoridades, a proposta é de as associações comerciais do Oeste oferecer ajuda em tudo o que venha a contribuir para diminuir os efeitos do descaminho. A partir de agora, conforme Guido, o tema passa a ter atenção especial da Caciopar, que projeta até a realização de um fórum para encontrar soluções às solicitações dos empresários.
Diante dos depoimentos de prejuízos apresentados por presidentes de associações comerciais, saiu à sugestão de os parceiros estudarem a viabilidade, jurídica e política, da elaboração de uma lei específica de fronteira. A atribuição dela seria, em princípio, legislar sobre a cobrança de tributos que pudesse tornam a competição dos produtores mais leal em relação aos preços praticados pelos importados. A Caciopar se propôs também a apoiar práticas como o disk-denúncia, que permite a recepção de informações sobre contrabando e descaminho de forma sigilosa pela Receita Federal.
Integração
O delegado da Receita Federal em Cascavel ressaltou a importância do encontro promovido pela Caciopar, porque amplia a integração do governo e iniciativa privada na busca de medidas a problemas que afetam a ambos. Edair informou que as autoridades têm trabalhado para inibir essas práticas e citou como exemplo o fim dos comboios de sacoleiros. A perda dos bens dos envolvidos surte um efeito multiplicador intenso, segundo ele, e tem contribuído para reduzir principalmente o descaminho. Edair reconhece que parcerias como a proposta pela Caciopar e associações comerciais são bem-vindas.
Fonte: Caciopar
Postado em 10/03/2010
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