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Meio Ambiente & Indústria Moveleira

quinta, 16 de fevereiro de 2023

Associação Empresarial busca solução para o destino correto dos resíduos da indústria moveleira de Pato Branco

A Associação Empresarial de Pato Branco atendeu a demanda que chegou através de empresários associados do setor moveleiro para intermediar a busca de soluções para a correta destinação dos resíduos industriais do setor. A ACEPB promoveu então um encontro na sede da entidade, reunindo empresários do setor moveleiro, coordenada pelo presidente Luan Marcante, com a presença do Secretário de Meio Ambiente de Pato Branco, Matheus Eduardo Heberle Nichetti e do Engenheiro Químico especialista na área, e Diretor de Meio Ambiente da ACEPB, Cezar Augusto Martini.

Ocorre que a Prefeitura não vai mais autorizar o descarte no aterro municipal, como vinha ocorrendo, porque já foi autuada pelo IAT e notificada pelo Ministério Público, para que resolva o problema e cesse imediatamente o recebimento dos resíduos da indústria moveleira no local.  O município e as indústrias precisam se adequar à Lei 12.305 de 2010, que trata sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Segundo o presidente da Associação Empresarial, Luan Marcante, a lei estabelece que todos passam a ser responsáveis pelos próprios resíduos gerados. “Nós estamos criando as pontes entre os empresários e as autoridades ambientais para ajudar as indústrias a encontrar os meios para a correta destinação desses rejeitos, como a coleta, transporte, manipulação, tratamento, eliminação e finalmente a reciclagem fechando o ciclo da logística reversa”, destacou Luan.

Problema ambiental

A indústria moveleira em Pato Branco e no Brasil encontra dificuldades para o descarte dos resíduos. Alguns dos resíduos como o pó de MDF gerado no processo de fabricação de móveis precisa de destinação adequada. A lei classifica os rejeitos nos grupos denominados “Classe 1: perigosos” e “Classe 2: não perigosos. Cada resíduo tem que ter um destino apropriado, e o Aterro Sanitário de Pato Branco não está preparado para receber este tipo de descarte industrial. O problema já é um fato, o município não vai mais autorizar o descarte no local.

A solução

O encontro permitiu o debate em torno de algumas soluções, entre elas a contratação de uma empresa para recolher o rejeito industrial das fábricas para a destinação correta. Uma das soluções segundo o Secretário de Meio Ambiente, Matheus Eduardo Heberle Nichetti, surgiu na possibilidade de contratar empresas especializadas que serão corresponsáveis pela destinação correta de todo esse material. “Estamos intermediando o diálogo entre as indústrias e as empresas especializadas na coleta de resíduos industriais, com uma possível parceria com a Cooperativa de Coleta de Resíduos Urbanos de Pato Branco”. A alternativa neste primeiro momento seria viável, reduzindo os custos da indústria local no processo, sendo ambientalmente correta e viável economicamente para as indústrias, destacou o secretário.

O empresário Ary Fim disse que é preciso buscar uma solução definitiva, mas como a situação é de emergência, alternativas como a busca de parceiros para a coleta dos resíduos é viável para o momento. “Pato Branco é um polo moveleiro, e temos um compromisso ambiental sério, e para evitar cenas do passado, onde tínhamos rejeitos despejados no meio ambiente, por exemplo, temos que buscar as alternativas, porque a indústria não pode parar, geramos empregos e renda para centenas de famílias pato-branquenses”, afirmou.

Rejeito não é apenas fonte de problemas

Mas vale lembrar que os resíduos não são apenas problemas e despesas, muitos tipos podem ser reaproveitados, gerando receitas para a própria indústria. Alguns resíduos gerados pela indústria moveleira podem ser reciclados, como a madeira, papel, plástico, papelão, ferro, alumínio e vidro.Com um processo adequado de logística reversa o que é um problema que pode virar lucro, com a venda dos materiais. “Hoje em dia não basta colocar um produto em linha, você tem que se preocupar com toda a cadeia gerada posterior ao uso”, comentou o engenheiro químico Cezar Augusto Martini, que está assessorando o grupo na busca de soluções. Segundo ele, o trabalho da Associação Empresarial, reunindo os empresários e as autoridades ambientais permitirá que Pato Branco saia na frente como polo regional, resolvendo um problema que é comum em todos os municípios, tornando-se referência no setor.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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