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Economia

segunda, 05 de janeiro de 2015

Economistas apontam 2015 "muito desafiador" para próximo presidente



Os rumos da economia brasileira em 2015 preocupam os economistas. A constatação é reforçada pela queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto. As questões que mais preocupam os especialistas são a pouca qualificação da mão de obra, a dependência na agricultura e na exportação de commodities e os investimentos equivocados. Em um ano de transição política, quem assumir a presidência enfrentará um quadro complicado, uma vez que estados e municípios precisam se fortalecer economicamente para que as mudanças macroeconômicas possam sair das promessas dos discursos.

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Francisco Vidal Barbosa, acredita que, em 2015, “a economia não vai crescer e o novo governo vai precisar se adaptar às novas tendências, problemas estruturais, mão de obra pouco qualificada e à inflação”. Francisco explica que o primeiro ano de governo é o mais adequado para implementar mudanças, que receberão manutenção dos anos subsequentes. Contudo, para o economista, isso não deve acontecer no Brasil. Ou seja, as mudanças econômicas podem demorar a acontecer.

“O Brasil precisa colocar a economia em ordem. Não fizemos reforma nenhuma, não existe vontade de mudar. O Brasil depende muito da agricultura, a nossa indústria é pouco competitiva”, enfatiza Francisco. Para ele, “enquanto o Brasil não investir massivamente na educação, não vejo um caminho. Basta pegar o exemplo dos asiáticos, dos alemães. Os seus países são potências mundiais e chegaram lá investindo em educação. É assim que um país consegue mão de obra qualificada. É preciso investir na qualidade e não na quantidade. Basta o Brasil ser capaz de imitar quem está fazendo bem feito”, defende o economista.

Francisco acredita que “a questão dos impostos e da carga tributária é a mesma há 10, 20 anos”. Para ele, a baixa produtividade e o pouco investimento em tecnologia são pontos fracos na economia brasileira e precisam ser corrigidos para que o crescimento avance. “O novo governo vai tentar controlar a economia, mas pode esbarrar em medidas que reduzam o crescimento. Mas é preciso vontade política porque a mudança dói”, opina.
Fonte: Jornal do Brasil Louise Rodrigues*

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