NÃO DEIXE A DENGUE TE PEGAR
quinta, 13 de abril de 2023
FIQUE ATENTO!
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas.
A dengue pode se assemelhar a uma gripe forte, mas há quadros que podem levar a óbito. Em alguns casos, a ausência de sintomas faz com que a doença passe despercebida; Essas diferenças marcam as diferentes apresentações da doença: clássica, hemorrágica e com complicações.
Formas da Dengue:
Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas:
Nos adultos, a primeira manifestação é a febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, associada a:
Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia não volumosa podem estar presentes, mas são menos frequentes.
Sintomas da dengue com sinais de alarme
As manifestações iniciais da dengue com sinais de alarme – as mesmas da fase febril da doença — devem ser rotineiramente pesquisadas e valorizadas. Entretanto, depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecem:
A maioria dos sinais de alarme é resultante do aumento da permeabilidade vascular, a qual marca o início do deterioramento clínico do paciente e sua possível evolução para o choque por extravasamento de plasma. Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.
O potencial de risco é evidenciado por uma das seguintes complicações:
As manifestações neurológicas, geralmente, surgem no final do período febril ou na convalescença.
O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos três a cinco dias iniciais da doença ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos).
A prova do laço está indicada nos casos com suspeita de dengue, porque avalia a fragilidade capilar e pode refletir a queda do número de plaquetas.
Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. Tomar muito líquido para evitar desidratação e utilizar medicamentos para baixar a febre e analgésicos são as medidas de rotina para aliviar os sintomas.
Pacientes com dengue, ou com suspeita da doença, precisam de assistência médica. Sob nenhum pretexto, devem recorrer à automedicação, pois jamais podem usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, diclofenaco de sódio, Scaflan), que interferem no processo de coagulação do sangue.
Prevenção
A prevenção da doença pode ser feita de duas formas. Uma pela redução ou controle de infestação pelo mosquito, medidas de combate aos vetores que tem sido promovida e realizada pelo Ministério da Saúde, que sempre solicita ajuda e conscientização da população.
Eliminação de locais que possam conter nas superfícies os ovos do mosquito com água parada tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que possa armazenar água de chuva.
Cuidados com o ambiente precisam acontecer visto que as fêmeas do A. aegypti costumam viver dentro das casas em ambientes escuros e baixos (sob mesas, cadeiras, armários etc.), onde podem ser encontradas temperaturas (que variam entre 24 e 28°C) e umidades apropriadas para o mosquito adulto.
A outra seria a utilização de uma vacina eficaz. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente a vacina dengue quadrivalente. O imunizante foi licenciado para uso em pessoas entre 4 e 60 anos, incluindo quem não teve a doença, em esquema de duas doses, com intervalos de três meses.
Os estudos clínicos demonstraram eficácia de 80,2% contra os quatro sorotipos da enfermidade, em um período de 30 dias a 12 meses após a administração da segunda dose. Com relação à segurança, a vacina é contraindicada para imunodepimidos, gestantes e mulheres durante o período de amamentação.
O uso de repelente pode ajudar a prevenir a dengue, pois ajuda a inibir a picada dos insetos. Os produtos eficazes são os que contêm icaridina nas concentrações entre 20% e 25%, DEET entre 30% e 50% e IR 3535 a 30%. Mas a proteção não é total, já que, mesmo com seu uso, podem ocorrer picadas. Por isso, medidas adicionais devem ser tomadas, como evitar ir a áreas onde haja muito mosquito, fechar portas e janelas antes de escurecer, utilizar inseticidas dentro de casa, apostar em telas, usar roupas longas e meias.
Fonte:
Galeria de Fotos