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Cadeia Pública de Pato Branco abrirá salas de trabalho

quarta, 13 de agosto de 2025

Parceria para a ressocialização: Empresários de Pato Branco terão a chance de contratar mão de obra de detentos

Empresários de Pato Branco terão uma nova oportunidade de contribuir com a sociedade e, ao mesmo tempo, suprir a carência de mão de obra no mercado local. Em uma iniciativa conjunta da Associação Empresarial de Pato Branco (Acepb) e do Departamento Penitenciário do Paraná, será apresentada uma proposta de contratação de detentos para o trabalho em empresas.

A iniciativa será detalhada em uma reunião nesta quarta-feira, 14 de agosto, às 8h, na sala de reuniões da Associação Empresarial. Segundo Kerla Pagnoncelli, Secretária Executiva da Acepb, a ideia surgiu após um contato com o Depen, que ofereceu a possibilidade de utilizar a mão de obra dos detentos para atender à demanda das empresas da cidade. "Hoje, as empresas estão com uma dificuldade muito grande em mão de obra. Por outro lado, o Depen nos trouxe essa oferta de mão de obra que eles têm. Juntando as duas demandas, decidimos nos ajudar", explicou.

Mão de obra qualificada e menor custo para o empresário

Para os empresários, a proposta representa uma solução para a falta de funcionários e uma redução de custos operacionais. Conforme Vagner dos Reis, gestor da Cadeia Pública de Pato Branco, o custo para o empresário é menor, já que não há encargos trabalhistas, e o índice tributário e fiscal é reduzido. "O empresário tem um custo menor com essa mão de obra, e por consequência, ajuda na empresa dele", afirmou Reis. A expectativa é que, inicialmente, cerca de 20 a 30 detentos sejam disponibilizados para o projeto.

Além do benefício financeiro, a participação no projeto também gera um impacto social positivo. Reis destacou a importância da iniciativa para a ressocialização dos detentos, afirmando que o objetivo é que eles saiam do sistema melhores do que entraram. "Nada mais justo do que a gente os qualificar aqui, com a ajuda de empresários, para que eles possam ser reinseridos na sociedade e não voltem a cometer crimes", ressaltou. Ele citou o exemplo da penitenciária de Francisco Beltrão, onde cerca de 200 detentos trabalham e o índice de reincidência é "muito baixo".

Remissão da pena e salário: Vantagens para o detento

Para os detentos que participarem do programa, as vantagens também são significativas. Eles têm direito à remissão da pena (a cada três dias trabalhados, um dia é reduzido da pena) e recebem um salário mínimo por mês. Uma parte desse valor pode ser destinada à família, e outra é reservada para que o detento tenha uma reserva financeira ao final da pena. "Quando ele sai da unidade, ele sai com um valor para começar uma vida nova", concluiu Reis.

A iniciativa é vista como um "ganha-ganha", beneficiando os detentos, os empresários e o próprio Estado, que consegue ocupar a mão de obra carcerária e reduzir a reincidência criminal. A reunião de apresentação do projeto é aberta a todos os empresários interessados.

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

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